Será temos livre-arbítrio, ou será que nosso destino está selado na hora em que nascemos?
Essa é uma questão cultural. Os ocidentais não gostam da ideia de destino e costumam exaltar o livre-arbítrio, alegando que criamos a nossa realidade.
Na India, a cultura é muito diferente – os indianos aceitam os eventos da vida como seu destino.
Acredito que o ideal é ter um pouco de cada um: livre-arbítrio e destino. Acho que temos o poder de mudar ou pelo menos suavizar o nosso Karma. Temos apenas que calcular o quanto podemos atingir de uma transformação, quando necessária.
Se decidirmos que queremos ser, por exemplo, um atleta de alto nível, precisamos nos colocar num regime diário de grande disciplina, com dietas, treinamentos, exercícios, etc.
Com o nosso livre-arbítrio, certamente produziremos grandes resultados. Mas seríamos iguais a um Michael Jordan? Isso é difícil responder. Aí entra o destino, que traz à tona nossas limitações.
A diferença cultural entre Ocidente e Oriente faz com que a visão do Astrólogo seja diferente entre a India e os Ocidentais. Normalmente, os astrólogos da India tendem ao fatalismo, enquanto os ocidentais tendem mais ao livre-arbítrio. Isso torna tanto um lado quanto o outro passível de erros.
O correto é ponderar e ficar entre os dois pontos de vista, porque se, por exemplo, vemos alguém com Marte na Casa VII (relacionamentos) – uma das posições Kujadosha – é correto dizer que essa pessoa tem forte tendência ao divórcio (exceto se o parceiro estiver na mesma situação).
Contudo, é possível que uma pessoa tenha Marte na Casa VII e permaneça casada por anos? Sim, já vi alguns casos.
Então sempre é melhor estabelecer o meio termo, o que vai depender do Mapa como um todo e da intensidade dessas tendências, pois quando as mesmas são fortes e ocorrem confirmações dessas tendências, é muito difícil para a pessoa fugir do seu destino, do seu Karma construído em vidas passadas.